quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Vidas passadas

Ele passou por trás dela a katana ainda na bainha, era um recurso, apenas para fazer pressão no ponto mais suscetível das costas dela e traze-la para perto de si.
A yukata dela já deslisava sobre seu obro deixando a pele a vista dos olhos indecentes dele. Apenas aquele pedacinho de pele deixava um rastro de desejo em seus olhos, enquanto eles ficavam no puxa e empurra. Entre a katana e ele a pele dela esquentava deixando a bainha mais fria e as roupas mais quentes, apenas por ficar mais próximo dele do que de costume.
Aquilo não era forçado, parecia que a fluides das forças entre suas costas e a katana, entre suas mãos e o ombro dele eram medidos para que a onda nunca os deixasse perto demais para encostar os lábios na pele, mas não afrouxava a pouca distancia que se impunham um do outro.
Era um jogo, até quando ele aguentaria e até onde ela iria para não ceder a impulso que ele dava.
Verdade, ambos queriam que os corpos de tocasse e esquentassem, que os nós fossem soltos, que a pele visse a pele, ele queria que ela sentisse o metal da sua katana contra as costelas, sentisse o quanto algo feito para matar poderia dar novos significados a palavrar sentir, e ela queria que ele sentisse sua boca e suas unhas em suas costas.
As imagens que se sobrepunham na imaginação dos dois fez com que ele soltasse a bainha e colocasse a espada de volta na cintura. Ela deu dois passos pra trás quando a pressão que a mantinha atada a ele se desfez. Ambos se encaram, tentando entender o que tinha ocorrido ali, ela ajoelhara no chão, os ombros nus aumentando seu decote, o kimono dele mostrando todo seu abdômen, os olhos castanhos dela tentando decifrar onde iriam e os azuis dele imaginando o que fazer com a criatura a joelhada tão próxima de si.
então, ele se ajoelhou também, colocou as mãos na yukata e, quando lhe beijou a testa, subiu o tecido cobrindo novamente os ombros dela, ela fechou os olhos e o kimono dele.
Ajudando ela a levantar-se, ele partiu mais uma vez sem que nada tivesse acontecido entre eles, sem que ninguém desconfiasse que algo acontecia entre eles.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O Brilho do Olhos Azuis

Mesmo sobre toda a franja cor de mal, que, aliais, estava espetada para todos os lados, seus olhos azuis brilharam singularmente. Acho que mesmo atras das lentes, armações escuras e cabelos, ninguém não notaria o tom romântico e decidido daqueles olhos tão azuis e brilhantes.
De fato, ele não é aquele que chama atenções por seu porte ou roupas, as quais o tornavam desleixado, mas bastou apenas um olhar direto entre aquele brilho e os meus cansados olhos castanhos para desconcertar minha linha de pensamentos, ou melhor, para que todos os pensamentos fugissem de mim.

então, no 100° post, UM DIA DE BOEMIA

O grupo de amigos conversava calmamente após as aulas do dia, pela primeira vez em meses nenhum deles tinha que sair correndo para algum lugar, ninguém tinha nada a fazer, a não ser rir amigavelmente com as pessoas que os fazem feliz.







Obrigada!