sexta-feira, 25 de novembro de 2011

     A guerra de mãos e pés começou tão natural quanto so elogios desgostosos.
     - Você é bativel.
     - Você é mordivel e despivel.
     - Você é despivel, também.
     - Você é meu brinquedo, haha.
     O sofá espaçosos permitia que deitássemos um sobre o outro, uma vez acomodados e quase dormindo, eu tentei morde-lo, sem sucesso, infelizmente.
     Agora, ninguém poderia parar nossa guerrinha particular, mãos e pés lutavam em busca de liberdade e vitoria. Uma pena ele ser mais forte que eu. Na primeira vez em que fui rendida levei uma leve dentada no braço direito, na segunda no braço esquerdo.
     As coisas não podiam ficar assim, lutei com mais força, tentei morde-lo mais vezes, mas ele sempre me segurava, ele era forte, por isso tinha eu o despi do blusão na cozinha. Ele sempre me prendia, de algum jeito, até que ele pegou minhas pernas, eu tentei desesperadamente fugir dele, contudo ele me segurou eu mordi o lábio inferior enquanto sentia os dentes dele tocarem a pele da minha coxa pressionando levemente e soltando em seguida num jogo de sedução que eu tentava resistir, contudo um pouco mais de luta e risadas e ele se colocou sobre mim rindo.
     Quanto se levantou vagarosamente pegou a outra coxa e mordeu internamente do mesmo jeito sedutor que tinha feito com a primeira. Dessa vez fui obrigada a cobrir os olhos com o braço enquanto mordia os lábios com desejo de fazer aquele jogo se tornar mais e mais perigoso.

sábado, 19 de novembro de 2011

she.

Ela colocou os fones de ouvido, aqueles antigos e grandes fones que contrastavam com seu tamanho e delicadeza. O papel e o lapis sempre a acompanhavam, seja para textos como para desenhos.
A quietude de sua alma refletia por toda ela, calma, sensata e solteira.
O ultimo não porque dependesse de alguém, mas por se sentir bem com ela mesma sem alguém para acompanha-la, a artista recatada vivia de paixões momentâneas nunca se entregando realmente pra ninguém. Talvez o medo de se machucar assombrasse sua mente, talvez sua personalidade não permitisse, ainda, talvez ela esteja esperando por alguém, mas, de fato, ela fica bela em sua solidão, em seus segredos, em suas manias.
Estava a beira da piscina tomando um banho de sol calmamente, mas quando estava quase adormecendo sobre o calor terno do sol, sou erguida do chão.
Estava no colo de Kay, aquele moreno endiabrado me pegara no colo e corria em direção a piscina, só poderia significar uma coisa.
Tibummm
Ele se jogou comigo dentro da água gelada, mal tive tempo de prender a respiração antes de ser atirada pra dentro do líquido.
Contudo isso era algo que eu chamaria de normal, o que veio a seguir foi o que me assustou, nós poucos segundos que ficamos em baixo da água movimentada pelo salto seus lábios tocaram os meus.
O fôlego acabou e ele me levou pra superfície para que pudéssemos respirar, não que ele pretendia me deixar fazer isso. Rapidamente após voltar a respirar  Kay me encostou no canto da piscina e colocou a perna entre as minhas, para que eu não conseguisse fugir mergulhando, colocou uma mão no meio do meu peito para me manter ali e com a mão livre acariciou meu rosto e me beijou.
Meus olhos arregalados a mente tentando registrar cada movimento.
A língua dele pediu passagem, e eu cedi, cedi completamente. Minhas mão acariciavam seu peito e a pressão no meu se foi, eu circulei meu braços em seu pescoço, a mão direita dele apertou forte minha cintura o que me fez esticar as costas e a mão esquerda me levantou.
Mordi seu lábio inferior e agarrei seus quadris com minhas pernas, ele beijou minha bochecha e mordeu meu pescoço com volúpia, eu produzi um som entre o suspiro e o gemido e beijei o pescoço dele quando sussurrou ao pé do meu ouvido:
-Yazu, eu estou apaixonado por você.
É quando tudo se torna nebuloso, quando tudo se torna estressante que eu volto as minhas origens buscando algum ar pra respirar entre os desabafos que cobrem as paginas desse blog.
Quanto mais brigas pela mesma razão acontecem, mais eu me distancio e quanto menos trabalho eu tenho mais eu penso.
Quento mais próximo o começo do resto da minha vida chega mais inquieta eu fico.
Mais, mais mais, tudo o que queremos é mais, tudo do o que querem de nós é mais.
Eu quero o muito, não o mais.
Eu quero muitos livros bons pra ler
Eu quero escrever muitos textos
Eu quero muitos momentos de alegria
Eu quero desenhar muito
Eu quero muito meus amigos
Eu quero muito sucesso
Eu quero muito saber
Eu quero o muito, não o mais.