quarta-feira, 18 de julho de 2012

longa história



Ele entrou na sala e a primeira coisa que viu foi não foi o chefe da mafia que agora seria seu patriarca, ele viu que ao seu lado estava sentada a sua filha, comportando-se como os outros homens da sala ela usava camisa, suspensórios, o casaco e o chapéu estavam apoiados na cadeira em que ela estava sentada fumando o cigarro ignorando a entrada do novo companheiro que chegou aquele espaço de poder graças aos esforços do pai e dos seus contatos.
Ela tinha olhos frios e compenetrados, nenhum homem naquela sala olhava para a filha mais velha do chefe com desejo, talvez alguém percebesse que ele era a exceção, ela era estonteante, tinha cabelos curtos começavam lisos que ondulavam próximo das orelhas e formavam cachos nas pontas terminando na altura dos ombros, um dos lados estava preso deixando todo o volume do lado esquerdo da cabeça. Ao lado direito de seu pai ela observava tudo sem se mover ou falar, apenas aprendendo o que viria a ser sua profissão quando seu pai se aposentasse.
Ele mal podia acreditar que aqueles olhos um tanto quanto puxados já olharam pra ele e sorriram quando eram crianças levadas para os encontros dos pais, ela provavelmente não o reconheceria, ele se anunciou e se curvou ao pai dela, beijando-lhe o anel com o brasão da família ao qual pertencia agora como elite. Ela olhou pra ele e seus olhos se reconheceram ele viu o sorriso nela. Ela reconhecera o charmoso e denso rapaz que se curvava para cumprimentá-la, aqueles olhos castanhos sempre forma sua alegria de acompanhar o pai nos negócios antes dela entender do que realmente se tratava o negocio da família. Os cabelos dele continuavam como sempre bagunçados e compridos(cobriam-lhe boa parte do pescoço e testa) do mesmo tom castanho aloirado tão natural para ele, ela sentiu algo mudar em seu olhar mas retomou a sua posição fria antes que aquilo se transformasse em segundos e curvou a cabeça para ele.
Os anos se passaram ele subiu até se tornar o braço esquerdo do patriarca, ela ganhou o titulo de chefe quando tinha 20 anos e seu pai a auxiliou até o dia de sua morte, ela se tornou forte e pelos 25 tinha o poder sobre varias famílias, deixando seu pai orgulhoso ela colocou o amigo de infância dentro do poder político regular da Itália dando mais poder a família, ela era o chefe perfeito pra todos que a seguiam. Ele via a menina que sorria docemente pra ele se tornar a maior matriarca da mafia italiana passando seu pai o qual deixara para ele o dever de ser o braço direito dela.
Embora sempre que ela via ele, o eterno menino dos cabelos compridos seus olhos sorriam de um jeito que só ele percebia e era assim que eles flertavam até os 25 ano dela, porque ela se consolidou, depois de tantos anos se dedicando a subir ao poder ela conseguia mante-lo bem, então, após uma reunião com o pretexto de pedir concelhos ao seu braço direito ela ficou a sós com ele e ao fim de sete ano ocupando cadeiras na sala em que ela reinava ele viu o sorriso dos olhos durar mais que segundos e se expandir para os lábios. Imobilizado pelo ocorrido ele não reagiu quando ela se aproximou e o abraçou.
Separando os dois com certa violência ele observou a mudança na face da mulher, as sobrancelhas se arquearam mostrando duvida e o sorriso desapareceu, ele se sentou no sofá não entendendo nada daquela mudança súbita na atitude de sua chefe.
Ela sentou ao seu lado, sorriu de novo para ele e virou o rosto pro chão.
- Me desculpe- sua voz era como a da criança e não como a da líder que ela se tornara- ela estendeu a taça que tinha enchido para ele e tomou um gole da sua- Você não esperava que isso fosse acontecer, certo?
Ela se jogou no sofá com a cabeça indo em mil pensamentos, todos esses anos ela vinha sacrificando o amor que sentia por ele pelo jogo de politica que envolvia ser a líder da família. Ele ainda estava complexo com o que acabara de acontecer, como que acabara de sentir, seu coração batia acelerado e seus pensamentos se atropelavam, ele só conseguia olhar pra ela, tão relaxada e solta como se fosse alguém normal.
Sentando-se ela tomou mais um gole do vinho, como se para tomar coragem.
-Você sabe... Eu lembrei de você assim que seus olhos encontraram os meus na primeira vez que você entrou nessa sala... Eu não esqueci que brincávamos juntos.. Pra ser sincera.. Eu....
Ela mantinha o suspense meditando as palavras enquanto ele absorvia que estava certo todos esses anos, que aquele sorriso no olhar sempre aconteceu.
A sobreposição de pensamentos dele foi interrompida a taça dela estava fazia e os lábios traziam o gosto do vinho, a quentura, o quão vermelho seu rosto estava, o quão impossível isso era, nenhum dos dois podia realmente acreditar que ela fizera isso.
Os lábios se separaram como beijo de criança, ela escondeu o rosto nas mãos.
- Você..? Como...? Você me.. Por quê?
Ela tirou a mão do rosto para conseguir ser ouvida.
-Eu gosto de você desde que eramos crianças e o gostar só cresceu, viver esses anos na sua presença só transformou o gostar em paixão, em amor...
A ultima palavra foi dita tremula e quase como um suspiro, ela não acreditava que tivesse coragem de falar isso pra ele e ele sentiu que o cérebro funcionava de novo.
-Quer dizer que os olhares...
-Sim, eram flertes tímidos em que eu tentava ao máximo não  perder o controle- ela admitiu comprimindo a boca e fechando os olhos.
Ele pegou delicadamente seu queixo e virou o rosto dela para ele, havia lágrimas escorrendo dos olhos fechados dela, ele nunca tinha visto ela chorar, nem quando eram crianças. Ela sentiu o calor dos braços dele envolver o corpo e abraçá-la firme.
Quando ela retribuiu o abraço ele a ergueu do sofá e a colocou apoiada em uma parede, soltando-a ele percebeu que ela era pequena, ela encarava seus olhos levantando o rosto, ele sorriu.
Colocando a mão na cintura dela ele aguardou o consentimento, ela colocou a mão sobre a dele e a outra em sua nunca, encostando as testas eles se observaram, parecia irreal consumar o amor de infância e maturidade que nutriam um pelo outro há tanto tempo.
Pouco a pouco eles fecharam os olhos sentido os lábios se tocarem, ele entreabriu a boca e ela o seguiu, o beijo se aprofundou. Ela apertou o abraço, ele a ergueu escorregando os beijos para seu pescoço e ele a sentiu estremecer.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

sonhos

Hoje eu sonhei, foi algo tão nítido enquanto eu dormia que me surpreendi por não lembrar de tudo quando acordei, realmente uma pena.
mas aqui vai o que eu lembro ^^

Estava em uma especie de festa, parei par perguntar algo a dois meninos que vinham em minha direção.

Um deles pouco maior que eu, cabelos negros e expressos curtos e bagunçados, ele usava uma regata, shorts e estava descalço.
O outro mais alto que o primeiro tinha o cabelo um pouco mais comprido que se esparramava por sua testa e pescoço não sendo nem castanho nem loiro mas algo em meio isso, ele vestia uma camisa branca aberta relevando um físico agradável de se ver e shorts azuis.
Perguntei como fazia para chegar a algum lugar e eles interromperam a conversa abrindo grandes sorrisos, os dois me levaram até o lugar.
Em primeira instancia fique conversando com o moreno e mais baixo dos dois, ele parecia um menino amigável a conversa fluía bem com ele, porem acordei.
E quer saber o mais incrível eu voltei a dormir e o sonho continuou, dessa vez eu caminhava junto do menino alto, quer dizer, caminhava até ele conseguir me convencer de subir em suas costas. No gramado ele ficou pulando e brincando comigo, nós riamos, praticamente gargalhávamos, aproveitando-se da situação, ele correu e nos jogou na piscina, quando ressurgimos na água riamos como crianças, nunca foi tão bom estar em companhia de alguém, fui, então, acordada e não consegui dormir novamente, mas queria saber muito mais dessa pessoa que meu subconsciente criou.

Dançando...

Ela estava dançando com seu parceiro, no ritmo agitado do forró, ele a rodava com destreza fazendo sua saia girar e balançar conforme eles contornavam o salão.
O que aconteceu foi que, em meio a um dos giros, outra mão segurou seus dedos e puxou-a para dançar.
De forma mais suave e menos sensual o segundo parceiro a conduzia pela pista tentando ao máximo não dar uma oportunidade do primeiro retomar a dançarina.
Ela se divertia, os dois meninos a disputando, mesmo ela já tento feito sua escolha há muito tempo, mas ela ia aproveitar mais um pouco antes de por um ponto final nessa batalha.
O primeiro dançarino finalmente conseguiu conduzi-la de volta a pista, e usando de sua inquestionável sensualidade tentava seduzi-la, ela ria enquanto percebia que o outro estava irritado.
Tendo terminado ela foi passada para o segundo, ela ria com ele, a tentativa de seduzi-la na pista era divertida. E, agora, mesmo que o outro tentasse recupera-la em meio aos giros sua mão parecia sempre escorregar entre os dedos e voltar de corpo e alma para o menino que a girava no salão esbanjando sorrisos.