domingo, 5 de dezembro de 2010

minha amiga noite

 Aquela noite começou agradavelmente, um vento forte entrava pela janela do meu quarto e balançava a cortina branca. A tempestade que era anunciada por trovões e raios não tardou a cair encobrindo a lua cheia e brilhante que iluminava meu corpo.  A noite sempre me agradou e eu, desde de pequena, gostava de ter a lua e a chuva como companheiras.


 Me direcionei a sacada, e fiquei a observar a cidade, as gostas de chuva lavam meu rosto das vergonhas e dos ressentimentos vividos. A paz inunda meu ser, enquanto danço conforme a musica que toma a noite como sua dama.

 Minha camisola de seda roça no meu corpo conforme eu rodopio com a musica, refletindo sobre a minha vida, pensando nas milhões de vida que seguem sem que eu exerça a mínima influencia sobre suas ações, chegando a realidade, vendo minha impotência e minha pequenez.

A verdade é que nós só fazemos parte do processo, só poucos conseguem altera-los, e geralmente pagam isso com a sua vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário